Pois bem. Sábado, dia 19, eu tinha que ir pra Bernardo de Irigoyen comprar as passagens (minha e do Diego) pra Buenos Aires. E eis que a aventura começou!
Depois de pensar em todas as péssimas opções de horário, creio ter escolhido a menos pior, ou seja, sair de Beltrão as 11h30 da manhã pra chegar em Barracão as 13h, andar, andar e andar até B. Irigoyen, depois voltar pra Dionísio Cerqueira onde pegaria o ônibus de volta, que só saíria as 15h30. Resumindo: eu levaria praticamente uma tarde pra comprar duas passagens. E pior, estava chovendo.
Cheguei na rodoviária de Beltrão quase 11h30, molhada, e a tempo de ajudar uma senhora com suas sacolas e embarcar no ônibus. Quando desembarquei em Barracão (cidade paranaense que faz divisa com Dionísio Cequeira - SC e Bernardo de Irigoyen - Arg.) tinha parado de chover e eu aproveitei pra me apressar. Olhei pro céu e pensei "Me guiem (eles sabem quem) porque eu não sei por onde ir!"... e fui. E eu não sabia mesmo. Já tinha ido pra lá, mas sempre de carro e nunca prestei atenção em ruas, prédios, casas, nem nada.
Atravessei a fronteira e fui pra agência que vendia as passagens. De longe vi que estava fechada e gelei. Pensei comigo "Só que me falta ter vindo pra cá e não conseguir comprar. Tô ferrada!". Por sorte, só estava fechada e eu esperei meia hora até a moça chegar, mas no fim deu tudo certo.
Passagens em mãos, eu tinha que descobrir onde ficava a rodoviária de Dionísio. Achei fácil, apesar de aquilo não ter cara de rodoviária. Parecia mais um butecão, bem sujo, por sinal. Ah, e eu só vi que era rodoviária porque tinha um ônibus parado.
Achei o banquinho menos sujo e sentei. Sorte minha ter levado Clarice Lispector junto. Abri o livro e entrei na história... Virei a Macabéa, rs. Quer dizer, quase, pois tinha uma moça do meu lado que a cada ônibus que chegava (olha que cheguei as 14h30 e o ônibus só sairia dali 1h) ela me perguntava: "Moça, é esse que vai pra Beltrão?"
Eu me limitava a responder com "Não", "Não, moça", "Moça, se você comprou a passagem para as 15h30 seu ônibus só sairá nesse horário", "Não, moça, não é esse". Eu já estava de saco cheio, mas no fim quase agradeci a impaciência dela, rsrs.
As 15h havia chegado um ônibus grande, bom, e eu nem dei bola. Era bom demais pra fazer uma viagem curta. Quase 15h30 chega um ônibuzinho capenga, e a moça me pedindo se não era aquele me fez fechar o livro e ir pedir informação. Eu fui. Pedi pro motorista se aquele era o ônibus que ia pra Beltrão e ele respondeu: "Não, moça. É esse aí do lado". Nem imagino que cara fiz, e me limitei a dizer: "Esse? Tem certeza?! Um ônibuzão desse pra ir daqui a Beltrão?!".
Sorte a minha ter "guias" eficientes. O ônibus estava quase saindo, mas deu tempo de embarcar. Pra terminar, a tal moça sentou do meu lado e cada pouco pedia "Aqui que é Beltrão?", rs. E eu: "Não, moça. O ônibus só chega em Beltrão às 17h".
Enfim, cheguei sã e salva, com as passagens compradas e os pés molhados.
Umas imagens pra animar, rs.
Pollo em conserva (?) e Busão Argentino


Um comentário:
Bom dia Daiana,
quero uma dica sua, como faço para pegar um ônibus ali em Bernado de irigoyen para Buenos Aires?
abraços
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